Folheto Auchan de 31 de Outubro a 25 de Dezembro 2022 - EXPIRADO - página 36 *

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36 PRESENTES DE NATAL A liberdade de brincar com o que quisermos Durante anos, os brinquedos foram orientados para um determinado género por preconceitos sociais tradicionais. Está na hora de deixarmos as crianças escolherem livremente o que gostam, sem estereótipos. O Natal é uma altura mágica aos olhos dos mais pequenos. Nas cartas para o Pai Na- tal, pedem o que os seus corações mais desejam, esperando serem recompensados pelo seu bom comportamento ao longo do ano. Mas o que acontece quando um menino pede uma boneca ou quando uma menina pede uma bola de futebol? Estarão os pais reticentes em presentear os seus filhos com o que os torna mais felizes de- vido a estereótipos que ainda existem em relação ao género? "Temos receio de que um menino com uma Barbie seja gozado na escola. Ten- demos a condicionar a escolha da crian- ça, muitas vezes, com o simples intuito de a proteger. Fazemo-lo porque ainda nos encontramos, enquanto sociedade, A MINHA SAÚDE & BEM-ESTAR Os brinquedos não têm género, tal como o brincar. Por isso, neste Natal, leia bem a carta ao Pai Natal que os seus filhos deixarem. Só os seus sorri- sos valem a pena ao fim do dia. demasiado condicionados aos papéis de homem e de mulher. Acabamos por ini- bir alguns comportamentos devido a esses papéis e tentamos levar as crianças nessa inibição de igual forma", respon- de Cátia Lopo, Psicóloga Clínica na Es- cola do Sentir. Por acharmos que as mulheres e os homens devem ter personalidades, gostos, formas de ser e estar diferentes na vida, é muito comum entrarmos numa loja e vermos claramente brinquedos direcionados para meninas e para meninos. Contudo, "os brinquedos, por si só, não devem ter um género associado" e o ato de brincar é demasiado importante para o desenvol- vimento da criança para estar restringido ao que a sociedade espera do seu género, garante Sara Almeida, Psicóloga Clínica e colega de Cátia Lopo na Escola do Sentir. "Obrincar é sempre libertador, construtivo e uma ponte para a autonomia e indepen- dência. Através do brincar, a criança expe- rimenta diversos papéis e vai, de persona- gem em personagem, descobrindo-se e descobrindo o mundo. O brincar tem, as- sim, qualquer coisa de mágico, que ensina uma criança a ser ela própria, a relacionar -se e a crescer", afirma Sara Almeida. Por isso, ao impormos barreiras entre o que é para meninos e o que é para meninas, "estamos a associar diferentes papéis aos meninos e às meninas e a depositar dife- rentes expectativas para o futuro de cada "O brincar é sempre libertador, construtivo e uma ponte para a autonomia e independência" - Sara Almeida, Psicóloga Clínica um deles", concorda Cátia Lopo, refor- çando que "quando um menino é impe- dido de brincar com Barbies, estamos a transmitir-lhe subliminarmente a men- sagem de que brincar com Barbies não é para meninos e que, se ele o deseja fazer, é porque está errado". Mas não há nada de mal em querer explo- rar o que mais estimula a nossa imagina- ção e a criatividade. "Enquanto um me- nino brinca com Barbies, está a explorar, a conhecer, a crescer e tal não significa, em momento algum, que seja menos me- nino por isso", diz Cátia Lopo. "A verdade é que uma criança procura os brinquedos que melhor se alinham com o seu mundo interno em determinado momento e que lhe permita elaborar a sua realidade, as suas emoções, os seus anseios, as suas expectativas e os seus desejos, assim, pela fantasia", sublinha Sara Almeida. Mesmo que a criança saiba que, provavelmente, o seu pedido será mal recebido. "Quando uma criança se permite ser livre e é capaz de escolher um brinquedo que sabe à partida - que os pais ou a socie- dade vão rejeitar, está a ser corajosa e au- têntica. E quando somos capazes de ser autênticos e verdadeiros com nós próprios, somos sempre mais felizes e mais capa- zes", refere Cátia Lopo. Por essa razão, os adultos não devem cor- taras asas à imaginação dos mais peque- nos. Devem "permitir-lhe que viva essa experiência, que explore essa personagem, sem receio e sem estereótipos, nunca nos esquecendo que brincar é dos movimen- tos mais saudáveis e promotores do de- senvolvimento que uma criança pode ter", conclui Isabel Almeida. Ainda que muito precise de ser trabalha- do, a sociedade está a caminhar cada vez mais em direção à aceitação e à tolerância. "Estamos a diminuir, ainda que gradual- mente, os géneros associados aos brin- quedos e a abrir espaço a que cada crian- ça possa experimentar os papéis que quiser, independentemente do seu géne- ro", garante Cátia Lopo.

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