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HIGIENE
Sabe o que é preciso
para manter uma
boa higiene íntima?
Infeções vulvovaginais, odores desagradáveis, comichão. Todos estes problemas afetam
a zona íntima feminina. É provável que, pelo menos uma vez na vida, cada mulher já tenha
experienciado uma destas questões. Mas têm solução.
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D
urante os seus anos a trabalhar na área da
ginecologia e obstetrícia, Joana Faria já ouviu de tudo. De mitos a crenças erradas
sobre que produtos usar durante a higiene
feminina. E viu em primeira mão o que o
desconhecimento pode provocar: “infeções
vulvovaginais, odores desagradáveis e desconforto na zona íntima que condicionam
o bem-estar da mulher”, refere.
Muitas vezes, não é o desleixo a origem
destes problemas. “Infeções como a candidíase ou vaginose bacteriana não surgem
por falta de higiene e não são doenças de
transmissão sexual”, lembra a médica. A
resposta pode estar, sim, em hábitos do dia
a dia, como “usar roupa apertada, que
favorece a transpiração e lesão da pele, e
roupa interior sintética, apesar de a ideal
ser feita de algodão”, explica.
Os sabonetes de glicerina são desaconselhados por promoverem a secura e a irritação da pele. E, enquanto o uso de soluções
com iodopovidona, como o Betadine®, só
são admissíveis quando existe indicação
médica, afirma Joana Faria, os sprays, desodorizantes e pó de talco não devem mes-
mo entrar em contacto com a vulva e a
vagina. Já os toalhetes íntimos são apenas
um último recurso quando estivermos fora
de casa e não existir uma alternativa melhor
para nos limparmos.
Qual é a solução? “Atualmente, existem
numerosos produtos de higiene íntima,
líquidos ou em gel, que respeitam o pH
vaginal, são hipoalergénicos, proporcionam uma limpeza suave, mas eficaz, e
apresentam formulações adaptadas às
diferentes fases da vida da mulher”, afirma
Joana Faria.
Os essenciais para
a sua higiene
Para ter uma boa
higiene íntima, não é
preciso gastar muito
dinheiro nem tempo.
Basta fazer as escolhas
certas e sermos gentis
com o nosso corpo.
A primeira coisa a ter em conta
pode surpreendê-la: usar apenas e só água não
é suficiente, garante a ginecologista Joana Faria. Com os
produtos adequados, a limpeza
deve ser feita da frente para trás,
eliminando os resíduos de urina,
fezes e outros fluidos. Depois,
retire bem a humidade com
uma toalha fofa, limpa e seca.
Idealmente, deve ser aplicado
um hidratante específico, em
especial durante a menopausa,
para combater a “secura da pele
e mucosas, consequência da
quebra acentuada da produção
dos estrogénios. Esta secura
é responsável por queixas de
prurido (comichão) que frequentemente se confundem com
infeções a fungos (candidíase)”,
explica a doutora. Por fim, vista
uma roupa interior de algodão e
mude-a diariamente. E lembre-se: mudar de cuecas várias
vezes ao dia é melhor do que
usar pensos diários.
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